quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Em busca do cemitério perdido

Para começar a gente assiste um vídeo no youtube com várias fotos impressionantes, sabe quando você vê um lugar através de uma foto e pensa: "Puxa, o que eu não faria pra conhecer esse lugar" É quase uma sensação de êxtase, em que você pensa nas coisas incríveis que você poderia fazer naquele lugar, ou na sensação que você tem apenas por estar naquele ambiente...


O grande motivador da busca pelo cemitério perdido

Então meu amigo e eu resolvemos ir visitar o local, claro que não nos prendemos a detalhes, como o fato de não fazer a mínima idéia de que lugar é, sabíamos apenas o nome da cidade, e também sabíamos que não era tão longe assim daqui da velha e pequena Mairinque - SP.


Chegado o dia e as expectativas, lá vou eu correndo para o ponto de ônibus, ah, detalhe, eu não sou vizinho do meu amigo, eu tenho que pegar um ônibus e viajar por uns 10 minutos pra chegar na casa dele, ok, então, quando eu chego no ponto de ônibus, já me deparo com meu primeiro obstáculo...A memória....minha memória que falhou...Fazer o que, somos todos humanos, cheios de defeitos, pairou uma dúvida no ar, o que fazer? Voltar em casa e buscar minhas gargantilhas? Ou seguir em frente deixando para trás um adorno que eu tanto gosto?
Não tive tempo pra pensar, assim que me recordei das gargantilhas guardadas na caixa que eu as comprei, dentro da minha estante, a primeira coisa que fiz, foi dar meia volta e voltar o mais rápido que podia para casa buscá-las.
Ta certo que com o sol escaldante não era tão fácil assim conseguir chegar em casa tão rápido...

Mas eu consegui, mesmo perdendo o ônibus, em 15 minutos lá estava eu de novo no ponto de ônibus com minha mochila completa, 3 gargantilhas góticas, uma de spikes, uma de argolas e uma lisa de fita, além de meu anel de caveira e um sobretudo preto, também havia uma câmera digital, a mesma que eu uso sempre em nossas aventuras ao desconhecido....então, já meio preocupado, peguei o ônibus um pouco mais tarde, pensando se o meu amigo já teria se cansado de me esperar...
E pra minha surpresa, quando eu chego na casa dele, o encontro comendo panquecas!

Embora ele tenha me oferecido muito gentilmente, eu recusei, estava bem animado para a nossa caçada, não ia conseguir comer, o melhor foi ver o "equipamento" que ele estava guardando na sua mochila...
Digamos que era algo bastante individual... como uma cartola, bem ao estilo Marilyn Manson e também uma máscara de gorila personalizada por um artista grotesco, ele próprio, todo esse conteúdo seria mais que o suficiente para tirarmos umas boas centenas, sim eu disse centenas, de fotos...

Nosso amigo Fred

Então partimos em busca ao cemitério perdido. De início estávamos tão ansiosos já que o que nos esperava era algo totalmente misterioso até então.
Chegando a cidade vizinha, São Roque city, o primeiro obstáculo surgiu, o horário do ônibus, nós nunca confiamos em um velho sentado em um ponto de ônibus para dar informações sobre o itinerário.
Perguntamos ao tal senhor e ele respondeu que naquele instante aquele ônibus que ele estava a tomar seria o "nosso" ônibus, já que nos levaria até a cidade longínqua.
Nós, ainda desacreditados, fomos buscar uma segunda opinião, depois de confirmar o nosso erro com a fiscal de ônibus na rodoviária, tentamos voltar a tempo de ainda pegar o mesmo ônibus, mas fazer o que, ele já havia partido...
Então já que teríamos que esperar mais um tempo, porque não tomar um sorvete? Tava calor mesmo...
Enquanto tomávamos um sorvete e esperávamos o próximo ônibus eu pensava em minha mente maquiavélica uma forma de fazer meu amigo derramar seu sorvete, mas dessa vez não me surgiu idéias, eu estava não criativo nesse dia...infelizmente...hehehe
Logo após tomarmos o ônibus, sim eu disse "tomar" o ônibus, não o sorvete, o sorvete já tinha acabado! Enquanto íamos até a cidade de Araçariguama a gente conversava sobre onde seria o centro da cidade para descermos, já que não queríamos descer em um bairro afastado habitado por canibais!
Acho que quando estamos juntos nós falamos alto demais, porque um outro passageiro intrometeu-se em nossa conversa para tentar nos ajudar com nossa dúvida, ao descer do ônibus eu me deparei com a pequena cidade que já tinha conhecido há muito tempo atrás e por apenas alguns pouco minutos, já havia passado ali, ah sim, eu me lembrava do grande cão de madeira com as escritas: "veterinário" bem no centro da cidade, também me lembrava das "leves" caídas nas ruas, indicando um grande barranco nas ruas...se não fossem asfaltadas, e as casas não fossem pintadas, eu chamaria de favela, rs, mas ainda havia o problema maior, onde é o cemitério?
O tão curioso e misterioso cemitério que havíamos visto no tal vídeo do youtube? Onde o autor, um poeta paulistano, havia me dito que teria tirado as fotos nesse tal cemitério para fazer o video, eram fotos deslumbrantes, túmulos espalhados de forma uniforme, em uma avenida que se desfazia ao meio as flores e árvores, com mausoléus enormes e uma grande gama de artes diferentes, como anjos esculpidos, túmulos feitos em pedras antigas e as belas cruzes, algumas tortas, outras curvadas, mas sempre com um aspecto muito antigo e sempre transmitindo uma sensação de paz, que se podia sentir mesmo através do vídeo.
Estávamos ansiosos pela nossa descoberta, mas infelizmente, ou felizmente! encontramos uma senhora na rua, mais um dos habitantes da cidade que não simpatizavam com nossa aparência, diga-se de passagem, não é comum para habitantes de cidades pequenas simpatizarem com pessoas como nós, embora não entenda bem o porquê, algo me diz que nosso "figurino" não ajuda muito, vestidos de pretos, meu amigo com uma cruz no pescoço, uma corrente enorme e eu com minha calça branca e camiseta preta do Lacrimosa, com minha mochila lotada de chaveiros, correntes e até um botom do Marilyn Manson, acho que isso "chama" a atenção das pessoas, embora para nós seja um tanto quanto normal...e relativamente inofensível...
De qualquer forma está tal senhora que esperávamos receber a informação correta, nos enganou, dizendo que havia dois caminhos para o cemitério, um próximo e outro distante, o próximo seria apenas voltarmos um pouco pelo caminho que tínhamos vindo e seguirmos por uma rua de terra, simples assim, já o outro teria que darmos outra volta e passarmos por outros lugares mais que já nem me recordo, ok, resolvemos o que a maioria das pessoas que sofrem de ansiedade fazem, o mais fácil!
Enquanto fazíamos o roteiro de volta, a pé, eu me deparo com algo muito inusitado, o meu amigo estava a dois passos a minha frente, enquanto eu caminhava vi algo no chão que teria chamado a atenção de qualquer pessoa, um papel, meio alaranjado, com escritas, não identificável ainda, mas muito curioso, algo familiar, que alguém poderia ter deixado cair ali, mas com certeza, que ninguém deixaria ali propositalmente, confesso que a primeira coisa que pensei quando vi aquela nota de 50 mangos caída no chão ali, dobrada e com um leve movimento de vai e vem, "me chamando" dizendo; "pegue-me" ...a primeira coisa que pensei: "isso é uma pegadinha? tem uma linha amarrada na nota e eu vou fazer papel de bobo?" eu quase deixei passar, achando também que poderia ser falsa, mas não dava para não arriscar, 50 mangos faria toda a diferença, e foi o que fiz, peguei a nota e nem olhei para o lado, enquanto meu amigo e eu riamos e caminhávamos para o caminho "mais rápido" para o cemitério, nós tentávamos imaginar quem poderia ter sido o azarado que perdeste todo aquele dinheiro, cá entre nós, 50 mangos pode tornar qualquer expedição um pouco mais interessante, pelo menos para dois adolescentes um de 18 e um de 20 anos, hehehe.


Achado não é roubado!


Embora não tenha certeza, eu acredito que tenha visto a pessoa que nos beneficiou com o tal dinheiro, enquanto caminhávamos ainda pelo caminho fácil e passamos em frente a um bar, com um aglomerado de pessoas, umas 10 pessoas aproximadamente, eu vi uma senhora que aparentava uns 38 anos, baixa, de cabelo cumprido e enrolado, amarrado em um rabo de cavalo, ela estava com a carteira na mão, e com um rosto que aparentava ter esquecido alguma coisa, parecia ser uma senhora trabalhadora, alguém que cuida da casa e que também trabalha para ajudar a pagar as contas, o tipo de pessoa que merecia aquele dinheiro, eu a vi olhar dentro da carteira e voltar correndo para o lugar de onde tínhamos vindo, claro que eu não podia ter certeza que havia sido ela a tão azarada pessoa que perdeu o dinheiro, não havia como saber, se eu perguntasse, o que vocês acham que ela me responderia?
Os minutos se passaram e percebemos que já tinhamos andado muito... muito mais do que esperávamos, já estávamos passando por cima da rodovia Castelo Branco, e dois homens passaram por nós, quando perguntamos como fazer para ir até o cemitério, eles nos informaram o caminho, que era simplesmente o oposto do que estávamos a fazer, isso nos deixou um pouco decepcionados, já que tínhamos confiado naquela senhora que nos deu a informação, mas tudo bem, não havia muito do que reclamar, talvez não teríamos achado o dinheiro se não tivéssemos tentado esse caminho, então, valia a pena andar um pouco mais, com certeza valia, enquanto andávamos no acostamento da rodovia Castelo Branco, e tirávamos fotos, discutindo sobre bandas, falando sobre Marilyn Manson quase sempre, estávamos tão ansiosos para encontrar o cemitério, quando ao longe, em uma breve bifurcação, avistamos, o que acreditávamos ser, o cemitério da cidade de Araçariguama!

Ao longe já notamos um detalhe, ele tinha um muro alto e muito bem cuidado, isso nos fazia imaginar um lugar um tanto quanto grande, bem cuidado, e também belo, andamos mais alguns minutos, chegando até uma rua de terra, ainda não estávamos no cemitério, mas passamos por pedras curiosas e grandes, do tipo daquelas pedreiras que se explodem dinamites para retirar as rochas que depois passam por um processo longo e demorado de desbastação até se transformar nos pisos e tijolos que usamos em nossas casas, e porque não dizer, também nos túmulos!
Mais um detalhe, havia um barco de uns 3 metros próximo ao cemitério, mas era um barco feito de sucata, era apenas um enfeite para a cidade, algo até que criativo, bem soldado e de uma beleza diferente, me agradou bastante...


Chegando na entrada do cemitério, ainda estávamos desacreditados que aquele seria "o cemitério" do vídeo, já que mesmo de longe, parecia bem menor do que o que achávamos ser,percebemos algo diferente de todos os outros cemitérios que havíamos visitado, esse tinha um longo corredor até a entrada, percebemos que haviam salas, para serem usadas como velório, e também uma administração, ou seja, havia uma funerária no próprio cemitério,após passarmos a entrada do mesmo, já de cara percebemos o quão enganado estávamos, não era o cemitério do vídeo!!! Talvez uma ou outra foto fosse dali, mas com certeza não era o cemitério do vídeo!

Hall de Entrada

Não havia as avenidas com curvas e mausoléus grandes, ao invés disso, havia pequenos caminhos que seguiam linearmente, sempre com alguns túmulos distribuídos de forma paralela, tudo isso ao longo de no máximo 20 metros, levando em conta que na largura não ultrapassava muito os 20 metros...

Para outros aventureiros teria sido uma decepção, como o caçador que busca o tesouro e encontra uma arca vazia, ou como o escritor que busca sua inspiração e encontra o nada, como o fiel que busca sua religião e encontra ladrões...
Mas para nós! Para nós não! Isso é o mais legal em estar com meu amigo, não há tempo ruim com ele, já estávamos ali, íamos nos divertir, aliás, já estava divertido desde a hora que eu havia chegado à casa dele, mas agora ia começar a melhor parte, as fotos!!! Nossos registros de aventuras, de momentos únicos e imortalizados em pixels.



Enquanto nos aprontávamos para a sessão de fotos grotescas, percebemos, que, mesmo o cemitério sendo um pouco afastado da cidade, ainda havia transeuntes visitando os túmulos de seus amigos,parentes e conhecidos, infelizmente, também não poderíamos reclamar o cemitério apenas para nós, já que viemos em horário comercial, mas isso não impediria meu amigo e eu de usarmos a cartola, as gargantilhas, o sobretudo e a máscara também, claro que não impediria.


Enquanto nossa criatividade era colocada em teste, eu aprendia com meu amigo que eu realmente não sei tirar foto, eu sempre saio com cara de tonto, totalmente sem expressão nas fotos. Enquanto ele esbanjava criatividade, eu sempre saia com as mãos para trás, fazendo cara de bobo, aos poucos eu me soltei mais e consegui tirar umas fotos mais legais, vide foto "Gângster".


Depois de tantas fotos, a sede já me vencia, não havia água tão perto, já que os habitantes locais não precisam muito dela, então resolvemos que já estava na hora de nos despedirmos da nossa terra, da nossa "casa", nosso local de paz e tranqüilidade, paz essa que não se consegue nas grandes florestas de pedras, mesmo a nossa cidade natal sendo um tanto quanto pequena, não se podia sentir paz como em um cemitério, com certeza não...talvez apenas, estando embaixo de um daqueles túmulos, quem sabe poderia ser mais agradável que estar acima deles, mas nesse dia, com certeza não era!
O mais engraçado foi que quando saímos do cemitério levamos cerca de 5 minutos para chegar ao centro da cidade de novo, isso é um absurdo se comparado aos nossos outros 40 minutos que havíamos levado para dar toda a volta na cidade, mas resolvemos não reclamar mais disso, já que os 50 mangos tinham feito a diferença!
Pena que o celular do meu amigo quebrou, já estava com problema há alguns dias, e ele já tinha travado o "Media player" , agora me respondam vocês:
"O que um fumante faz com um maço de cigarro vazio?"
"O que um bêbado faz com uma garrafa de cerveja vazia?"
"O que um drogado faz com um resto de maconha que já não pode ser fumado?"
Sim sim, eles jogam fora,mas vocês querem entender qual a relação de tudo isso conosco?
Nada na verdade, não fumamos, não bebemos e não usamos drogas, nos odiamos isso, mas a relação é que nós somos viciados em música! Viciados em Rock N' Roll! E imagina um celular que não toca música, isso é mesmo que um carro que não anda, felizmente ainda havia a opção de "consertar" o celular, porque se não seria até um bom motivo quebrá-lo ali mesmo, talvez até enterrá-lo ali mesmo no cemitério, com certeza, um celular que toca música é mais importante que um celular que faz ligação! Pelo menos para nós!!! =D

Viciados em Rock N' Roll

Já estávamos bem cansados, enquanto esperávamos nosso ônibus de volta passar, claro que antes precisávamos beber algo e eu não reclamei e comprei sem dó uma garrafa de 600ml de coca-cola por absurdos R$3,00, não tinha porque reclamar, a sede era maior e o dinheiro ganhado precisava ser usado!
O pior foi ser enganado novamente por outra senhora dessa vez!
A mulher que nos vendeu o refrigerante e uma garrafa de H2O para meu amigo, sim ela nos enganou, enquanto nos disse que o ônibus passaria em um ponto bem a nossa frente, ele passou bem atrás da gente, na rua debaixo, isso foi desanimador, sabendo que o próximo levaria um bom tempo para passar ainda...
Foi aí que avistamos o grande homem de lata...
Ele era imenso, parecia personagem de um seriado de TV, como "Power Rangers", ou até mesmo o velho "Jaspion", pensamos: "Há uma grande subida até lá" podia se ver a grande rua com muitas curvas e cercada de árvores que nos levaria até o grande homem de lata...

Próximo ao grande Homem de lata


Depois de um pouco relutar, resolvemos que mais uma caminhada não faria mal a ninguém, só precisaríamos de mais água e resolveríamos o resto, não éramos meros aventureiros, a caminhada já era costume em nossas vidas cheias de ação! (risos)
Enquanto passávamos pelo penúltimo comércio antes da grande subida em direção ao monumento de lata, um mercado, resolvemos que devíamos comprar água ali, enquanto olhávamos a grande quantidade de refrigerante e bebidas alcoólicas nas prateleiras, chegou um rapaz, funcionário do mercado, com uma expressão um tanto quanto assustada conosco, ele disse que não podíamos entrar de mochila, coisa de quem suspeita um roubo, enquanto guardamos nossas bagagens na entrada do mercado, eu pensava: "Tinha que ser cidade pequena mesmo"
Mas isso não era significante, nem sequer era um obstáculo, como o que já havíamos vencido naquele dia...
Percebemos que não havia água e demos o fora daquele mercado, o que foi mais suspeito ainda para as pessoas que nos observavam sair do mercado com sorrisos maliciosos, mas não, não tínhamos roubado nada, também não roubamos, acreditem!
O que aconteceu é que acabamos por vencer a grande subida com apenas o auxílio de um pote de sorvete, mas sinceramente, a subida não era tão grande assim, levou apenas alguns minutos para chegarmos ao fim dela.
Quando nos deparamos com a paisagem local, um grande campo abandonado, um belo lugar, havia uma igreja abandonada, coisa rara de se ver, hoje em dia vê-se bares que transformaram-se em igrejas, casas que viraram igrejas, restaurantes que viraram igrejas, etc.
Havia também um grande avião abandonado, e o grande homem de lata, ao longe impondo a sua majestade com seus aproximadamente 25 metros.




Meu amigo me disse que havia uma mina abandonada por ali, algo muito interessante para um aventureiro encontrar, enquanto ignorávamos o avião por enquanto, e descíamos a trilha em busca da mina, ele resolveu ligar para seu outro amigo, este sim, já conhecia o lugar em que estávamos, embora ele não fosse um aventureiro como nós, ele já teve outra oportunidade de conhecer aquele local, é o amigo dele, o Jacinto... (eiouhaieuhaiuehaiuheiauheiauheauia).
Então, o tal Jacinto disse que a mina ainda estava muito longe e que era difícil tanto para ir quanto para voltar, foi aí que desistimos já que o horário não nos ajudava muito, estava próximo de anoitecer... Preferimos aproveitar e ir até o avião...aquilo, que um dia cruzou o ar, voou acima de nossos sonhos, que um dia ligou distâncias inimagináveis, a velocidades extremas, aquilo que um dia foi um símbolo de liberdade, hoje pousava ali, descansava em paz, se assim podemos dizer, embora ele já tenha tido outra utilidade, o de um cinema, sim, ele já foi até um "cine avião", hoje, após um incêndio, estava ali, abandonado...esquecido e sozinho...

Aproveitamos para tirar umas fotos, inclusive você já deve ter notado, até mesmo a foto de banner do nosso blog tem uma parte desse pássaro de metal...
Então chegou a hora de visitar a velha igreja abandonada, o curioso era a marca de cruz na parede, era uma marca de baixo relevo, de uns 5 cm, e a cruz estava torta, como se tivesse sido esculpida assim, muito interessante, as janelas com pontas arredondadas mostrava o quão antigo a construção era, isso nos rendeu mais algumas boas fotos.


Depois caminhamos mais algumas dezenas de metros até o grande homem de lata...
Ele realmente era alto, mas de perto, podia-se ver o quão mal feito ele era, e isso o tornava ainda mais diferente, grotesco e belo, todo aquele monte de sucata, soldado, aparafusado e unido de uma forma ou de outra, davam forma, aquela criatura gigante, que cortava o céu e brilhava a centenas de km de distância..

Depois de nosso dia ganho, restava apenas à dura jornada de volta, mesmo com todos os obstáculos, mesmo com as decepções, ainda sim, foi um dia mais do que ganho, foi talvez nossa maior aventura até então, um dia para se guardar na memória e no coração, com muitas coisas legais, e muitos acontecimentos.
Um dia incrível com meu amigo Plex Rominus!




Um comentário:

  1. Tem Um pequeno ps para colocar nessa longa história... Podemos dizer que foi um choque para minha pessoa mas.. depois que voltamos de araçariguama, resolvemos passar em uma esfirraria proxima para gastar nosso ultimos trocados, pedimos um refrigerante de 2 litros (Oqual não durou Muito) hambuger e Esfirra, mas o incrivel foi saber que meu amigo harmony's hell eh um "saco sem fundo' o kara pra comer! ele devorou um hamburger, uma esfirra e um pastel cheio de oleo e ainda queria mais kkk INCRIVEL!

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